Suíça abre a caça ao próximo hino eurovisivo — preparação, suíços e suíças, afinem já o vosso yodel!

A poeira do “Basel 2025” mal assentou e a SRG SSR já está de cronómetro na mão: entre 4 e 25 de agosto de 2025, compositores, produtores e intérpretes podem enviar a canção que poderá levar a bandeira helvética ao palco da Eurovisão 2026, na Áustria. Sim, é oficial: depois do apoteótico triunfo de Nemo com The Code e de um respeitável 10.º lugar no certame em casa, a Suíça não quer só repetir o feito — quer superar-se numa escala digna de relógio suíço em overdrive.
Do quarto lugar ao troféu (e de volta ao topo)
Recordemos o percurso recente, para quem perdeu o comboio:
- Luca Hänni (2019) — She Got Me, 4.º lugar e abdominais mais falados do que a propria canção;
- Gjon’s Tears (2021) — Tout l’univers, 3.º lugar e muitas lágrimas (de alegria);
- Nemo (2024) — The Code, vitória histórica que pôs toda a Europa a trautear um refrão impossível;
- Zoë Më (2025) — Voyage, 10.º lugar no palco caseiro de Basileia e a prova de que a fasquia continua elevada.
O recado suíço é claro: quem quiser representar o país tem de chegar com algo mais cortante do que um canivete multiusos.
Calendário à moda helvética: rigor, chocolate e muito pop
- 4 de agosto, 09h00 — abre a plataforma de submissões. Se tentar antes da hora, não entra; pontualidade suíça, já se sabe.
- 25 de agosto, 23h00 — fecha a porta digital. Depois disso, só com passe diplomático (que não existe).
- Seleção em três camadas: júri do público suíço, júri do público internacional e uma tropa de 25 especialistas que já integraram júris eurovisivos noutros países. Traduzindo: há olhos e ouvidos treinados a ouvir cada acorde.
- Anúncio em princípio de 2026 — altura perfeita para cumprir resoluções de Ano-Novo com glitter e fogo-de-artifício.
“O sucesso de Nemo e o entusiasmo no ESC Basel mostraram o poder criativo da Suíça. Não vamos hibernar nos Alpes — vamos subir ainda mais alto.”
— Yves Schifferle, chefe de delegação, já em modo motivacional.O futuro? Provavelmente recheado de fundue e confetti
Com o talento que tem desfilado e a máquina bem oleada entre SRF, RTS, RSI e RTR, ninguém duvida de que a Suíça volta a servir um prato quente na Eurovisão 2026. Se será um novo “Código” ou algo completamente inesperado, descobriremos quando o sino suíço voltar a tocar em janeiro. Até lá, afinem vozes, polam sinos e — por favor — não se esqueçam do chocolate.
Fonte: SRF