Sanremo em tom menor? FIMI aperta o compasso à Câmara Municipal

Os Måneskins ganharam o Festival no 2021.

Na terra da ópera, da paixão e dos festivais com mais flores do que notas, o ambiente aqueceu — e não é por causa das luzes do palco. A FIMI, federação que representa a indústria musical italiana, decidiu puxar pelos agudos e dar um recado claro à Câmara de Sanremo: ou investem, ou este festival vai soar a… silêncio (com um ramalhete no centro do palco).

Enzo Mazza, CEO da FIMI, reuniu-se com o novo diretor da RAIGiampaolo Rossi, e saiu de lá com uma harmonia perfeita:

«O papel da rádio pública e da indústria discográfica no Festival é central. É urgente que a autarquia de Sanremo entenda isso de vez.»

Sem música, só cravos

Mazza foi direto: se não houver apoio financeiro e estrutural, aqueles que verdadeiramente sustentam o sucesso do Festival — ou seja, as editoras, os artistas, os produtores — podem começar a pensar em fazer as malas. E não são para a Riviera.

Recorde-se que em abril já tinha avisado:

“Sem a indústria discográfica, Sanremo teria apenas flores no palco. Um festival sem música é uma caixa vazia.”

Fica ao critério de cada um imaginar a quantidade de eco numa caixa dessas.

Reembolso já, antes que seja tarde

Este último sinal de alarme da FIMI é tudo menos simbólico. A exigência é clara: as empresas envolvidas devem ser compensadas de forma justa. Produzir hits, promover artistas, fazer espectáculos televisivos com nível europeu não se faz com palmadinhas nas costas — faz-se com contratos, orçamento e respeito.

Tempo a esgotar-se… e não é o da contagem decrescente

A poucos meses de Sanremo 2026, o ambiente entre bastidores está mais tenso do que um solo de violino. RAI e FIMI estão afinadas, mas a Câmara Municipal parece tocar outro instrumento… desafinado.

Se não houver acordo rapidamente, é bem possível que o maior palco musical de Itália se transforme num belo cenário de jardim — mas sem som.

Fonte: Davide Maggio

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