Islândia desafia a UER: “Se a Rússia foi despedida, por que Israel ainda canta no palco?”

Photo: Alma Bengtsson (EBU)

A «casa real» da Eurovisão tem agora a Islândia a tocar o «trovão do Norte»: Stefán Jón Hafstein, presidente da direção da RÚV, está a exigir que a UER bloqueie a participação de Israel no Eurovision 2026, até que se esclareçam com evidência provas vinculativas sobre possíveis crimes de guerra em Gaza. O argumento? «Uma vez que se aplicaram sanções à Rússia, aplicar o mesmo critério é mais que lógico — é urgente.»

A exigência da “lei do pastel islandês”

Hafstein propõe três soluções claras como gelo polar:

  1. Suspender Israel até que as investigações internacionais emitam provas inequívocas.
  2. Permitir apenas artistas israelitas independentes, sob bandeira neutra, que se comprometam publicamente com valores essenciais da Eurovisão — incluindo os direitos humanos.
  3. Incluir, de forma permanente, uma cláusula de direitos humanos no regulamento do concurso, à semelhança de organizações desportivas.

“Um crime não justifica outro. O Comité não pode fechar os olhos enquanto bombas caem e ainda aceitar aplausos para músicas pop”, afirma Hafstein, evocando um “momento da verdade” para a Eurovisão.

A exigência da “lei do pastel islandês”

Hafstein propõe três soluções claras como gelo polar:

  1. Suspender Israel até que as investigações internacionais emitam provas inequívocas.
  2. Permitir apenas artistas israelitas independentes, sob bandeira neutra, que se comprometam publicamente com valores essenciais da Eurovisão — incluindo os direitos humanos.
  3. Incluir, de forma permanente, uma cláusula de direitos humanos no regulamento do concurso, à semelhança de organizações desportivas.

“Um crime não justifica outro. O Comité não pode fechar os olhos enquanto bombas caem e ainda aceitar aplausos para músicas pop”, afirma Hafstein, evocando um “momento da verdade” para a Eurovisão.

Atenção, não é um boicote cultural

Hafstein sublinha que não pretende censurar artistas israelitas nem condenar o judaísmo — muitos judeus em Israel e no mundo opõem-se à política do seu Governo em Gaza. Este pedido é sobre consistência moral e não sobre nacionalidades.

A Islândia já levantou a mão?

Na reunião da RÚV de 28 de maio, foi decidido que a impresária da estação apoiará formalmente qualquer moção da UER para suspender o radiodifusor estatal israelita KAN da Eurovisão ou da sua filiação na UER, caso tal moção seja apresentada. A sessão magna da UER, em julho em Londres, será o palco dessa decisão – com a Islândia pronta para pressionar.

Eurovisão está em plena crise de identidade: será um festival onde “todos são bem-vindos” ou um palco suspenso se houver demasiada controvérsia? Será que vamos ver Israel a cantar sob bandeira neutra… ou apenas a cena mais quente das eleições da UER?

Uma coisa é certa: o interlúdio político está a ficar mais alto que qualquer nota no coro final. 

Fonte: Visir

También te podría gustar...