Innsbruck vs Viena: a batalha eurovisiva que deixou Linz, Wels e Graz a ver navios… e contas

A Áustria está em contagem decrescente para decidir quem vai herdar a coroa de anfitriã da Eurovisão 2026. Mas antes da fanfarra, dos LEDS e dos fogos-de-artifício, houve sangue, suor e… reuniões orçamentais. Wels, Linz e Graz, três cidades que queriam brilhar, acabaram por desistir, deixando o palco (literal e metaforicamente) a Viena e Innsbruck.

Wels e Linz: juntos, mas não chega

Wels e Linz tentaram fazer história como a primeira dupla a organizar o maior evento musical da Europa em conjunto. Tinha tudo para dar certo: pavilhão novinho em folha, logística pensada ao milímetro e vontade de provar que a Áustria não é só Viena. Mas a Eurovisão exige mais do que boa vontade — exige tectos altos, pontos de suspensão para iluminações de Las Vegas e um orçamento que parece saído de um musical da Broadway.

Resultado? A aliança Wels-Linz retirou-se discretamente, não sem antes dizer que vão continuar a lutar por eventos internacionais… mas sem palcos rotativos de 360 graus por agora.

Graz: coração grande, carteira pequena

Graz fez as contas e percebeu que o sonho eurovisivo custa 29,35 milhões de euros. Sim, leu bem. Quase 30 milhões por um festival que dura três horas, mas fica no YouTube para sempre. Sem garantias de retorno direto — nem bilheteira, nem rendimentos “indiretos” suficientemente concretos —, a autarquia decidiu: é lindo, mas não é viável.

Como disse a presidente Elke Kahr: “Compreendo quem queria a Eurovisão aqui, mas não dá. Não somos o banco central.” Fair enough, Elke.

E agora? Viena ou Innsbruck?

A final está marcada. Não a do festival, mas sim da corrida pela cidade-sede: Viena, com a força da tradição e o peso político de um programa de governo que já a previa como anfitriã; ou Innsbruck, com os Alpes, os esquis e um charme que faria Conchita voltar à montanha.

As cidades têm até 4 de julho para apresentar os dossiers. A decisão final será anunciada em agosto, e o evento acontecerá a 16 ou 23 de maio de 2026. Até lá, luzes apagadas, microfones em silêncio e muito lobbying nos bastidores.

Fontes: ORF-OTS

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